Descubra como podemos apostar nos repelentes para obtermos o melhor efeito
Letícia Yazbek Publicado em 05/01/2020, às 11h00
Os repelentes contêm substâncias que emitem um odor repulsivo aos insetos. A bióloga Julinha Lazaretti explica que essas substâncias formam uma espécie de nuvem no ar, fazendo com que os mosquitos desviem da área em que o repelente foi espalhado. Mas é importante se lembrar de aplicar o produto em toda a região exposta do corpo. “A ação só é observada muito próximo ao local aplicado, por isso é muito importante que a aplicação seja uniforme”, afirma a especialista.
Segundo o dermatologista Murilo Drummond, os produtos que são feitos com a substância Icaridina são os mais indicados: “Eles são mais eficazes, pois têm duração de até dez horas após a aplicação”. Os repelentes que contêm DEET duram de duas a seis horas, dependendo da concentração da substância. Já os produtos à base de IR3535 possuem duração de até quatro horas e apresentam menor risco de toxicidade.
Melhor forma de usar
Em adultos, idosos e gestantes, os repelentes que contêm Icaridina, DEET e IR3535 devem ser aplicados até três vezes ao dia, a cada 6 a 8 horas. Em crianças a partir de 7 anos, devem ser aplicados, até três vezes por dia, repelentes feitos com DEET de concentração até 9%. Crianças de 2 a 6 anos devem usar o mesmo tipo de produto, duas vezes por dia. Para crianças com idade entre 6 meses e 2 anos são indicados apenas os repelentes à base de IR3535, que podem ser aplicados duas vezes por dia. A dermatologista Larissa Viana ressalta que bebês de até 6 meses não podem usar repelente: “É recomendado apenas o uso de mosqueteiro e protetor elétrico”.
Use com cuidado!
Julinha alerta que, para evitar a inalação direta do repelente, na hora de espalhar o produto nas partes altas do corpo, como braços, colo, pescoço e rosto, o recomendado é aplicá-lo primeiro nas mãos e depois espalhá-lo nessas regiões. Também é importante tomar cuidado para não aplicar perto dos olhos, nariz e boca, e sempre lavar as mãos após o uso. O uso excessivo ou inadequado do produto pode causar dermatites de contato e alergias respiratórias.
Atenção redobrada
“O Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, chikungunya e zika vírus, tem o hábito de se alimentar principalmente ao amanhecer ou entardecer, e costuma agir à meia altura (na região das pernas de um adulto em pé)”, conta Julinha. Já os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que transmitem a febre amarela silvestre, costumam atacar principalmente entre 12h e 15h, mas podem se alimentar até o anoitecer. Por isso, o uso do repelente é essencial durante esses períodos do dia, principalmente se você mora nas áreas de risco.
Na hora de se preparar para sair de casa, lembre-se de que os repelentes devem ser sempre usados por último, depois de protetor solar, hidratante e outros produtos. Se você aplicar outras substâncias por cima do repelente, evitará a formação da “nuvem” responsável por espantar os mosquitos. O ideal é que o repelente seja usado 20 minutos após a aplicação de outro produto.
De acordo com Murilo, “o repelente de tomada não substitui o corporal, mas pode ser usado como forma de proteção auxiliar”. Telas, mosquiteiros e roupas leves e compridas também são boas opções. Já os repelentes naturais, como o óleo de citronela, podem ser associados a outros métodos de proteção, mas não evitam as picadas dos mosquitos.
Consultoria: Julinha Lazaretti (bióloga com pós-graduação em Imunologia e Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos da Alergoshop), Larissa Viana (dermatologista) e Murilo Drummond (professor do Instituto de Pós-Graduação Carlos Chagas, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Academia Americana de Dermatologia).
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